Mesmo com ameaças de chuva e dos tumultos na venda de ingressos, os 70 mil fãs presentes no estádio do Morumbi na noite desta sexta-feira (27) saíram secos e felizes do show da banda australiana de rock and roll AC/DC.
Com uma apresentação de duas horas que misturou clássicos como “Back in Black”, “Highway to Hell” e “Let There Be Rock” ao material do ultimo album “Black Ice” executadas com som perfeito, cenário elaborado e preparo físico invejável para um grupo com quase 40 anos de carreira, o AC/DC demonstrou aos por quê é a maior banda de rock pesado do planeta.
Às 21h30, já com a casa lotada, às luzes se apagaram, revelando milhares de luzes vermelhas espalhadas pelo estádio. O de longe sugeria uma decoração de natal antecipada eram na verdade os chifres luminosos vendidos na entrada do show. Enquanto isso, a multidão vibrava, sabendo que em poucos minutos, depois do vídeo em animação que passava nos telões, o AC/DC finalmente faria seu primeiro show brasileiro desde 1996.
Depois de abrir com a primeira faixa de “Black Ice”, “Rock N Roll Train”, o vocalista Brian Johnson cativou o público saudando o público em português, com um bem pronunciado “e aí São Paulo”. Em seguida, explicou que a banda não sabe falar “brasileiro” (sic), mas fala bem o rock and roll e provou isso com “Hell Ain’t a Bad Place to Be”.
Mas o primeiro grande momento da noite ocorreu na terceira música, a faixa título do álbum “Back in Black”, de 1980, maior sucesso da carreira da banda e o segundo disco mais vendido de todos os tempos. Para quem estava no meio da pista, parecia que todas as 45 milhões de pessoas que compraram o álbum estavam cantando juntas o refrão.
Daí em diante, o público estava ganho e apreciou tudo o que um show do AC/DC tem a oferecer. Como sempre, o guitarrista Angus Young foi o destaque da noite, correndo e pulando como uma criança hiperativa, aproveitando bem o corredor que estendia o palco até o meio do estádio e chegando ao ápice da perfórmance ao ser levantado por uma plataforma em “Let There Be Rock”.
Mas mesmo com carisma e energia infinitos Angus e Brian Johnson não conseguiriam fazer seu trabalho sem os outros três integrantes. Apesar do palco elaborado e do volume ensurdecedor, o que dá peso ao som do AC/DC é a precisão com que o guitarrista-base Malcolm Young, o baixista Cliff Williams e o baterista Phil Rudd executam seu trabalho. Minimalistas os três provam como ninguém que no rock and roll, menos é quase sempre mais.
Tendo dito tudo isso, é difícil apontar os pontos altos de um show como este. Se por um lado, o estádio quase veio abaixo durante “Highway To Hell”, não dá para não citar a boneca inflável gigante que aparece em “Whole Lotta Rosie”, Brian Johnson se pendurando num enorme sino em “Hell’s Bells” ou mesmo o strip tease de Angus em “The Jack”.
Depois de tudo isso, como poderiam fechar a noite? Com tiros de canhão em “For Those About To Rock” e um show de fogos de artifício indicando o final definitivo após duas intensas horas de show. Como o AC/DC costuma vir ao Brasil uma vez a cada década, resta conferir se os integrantes conseguirão manter o mesmo pique quando estiverem se aproximando dos 70 anos de idade.
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Comentários:
Show mais do que perfeito! Desnecessário tecer elogios sobre o maior show de rock de todos os tempos!
Triste foram os bastidores...
Trânsito caótico!
Tumulto!
Policiais truculentos!
Corrupção!
Seguranças despreparados!
Ingressos falsificados!
Conivência!
Falta de estrutura para receber grandes eventos!
Pessoas que se aproveitam destes momentos para tirar vantagem sobre os outros.
A sensação estranha de ver o Melhor Dia de Sua Vida, ser ao mesmo tempo, um dos Piores Dias de Sua Vida.
E o Brasil vai sedear as Olimpíadas?
28 de nov. de 2009
AC/DC no Brasil \\ Sem chuva, banda faz show perfeito para 70 mil em São Paulo
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