O guitarrista do SLAYER, Kerry King, foi entrevistado nas edições dos dias 15-17 de junho do programa de rádio de rede nacional, Full Metal Jackie. Seguem abaixo trechos transcritos da conversa.
Full Metal Jackie: Quero começar falando sobre Gary Holt [guitarrista do EXODUS], que está substituindo Jeff Hanneman [do SLAYER]. A banda do Gary, EXODUS, tem uma relação de longa data com o SLAYER, mas o quanto a familiaridade foi um fator quando se tratou de trazê-lo.
Kerry: Provavelmente mais do que qualquer outro, mas eu sempre considerei o Gary como um Glenn Tipton da nossa era — realmente bom, realmente polido e ninguém fala dele. Até hoje, ninguém se refere tanto ao [JUDAS] PRIEST e ao Tipton e sinto o mesmo com relação ao Gary. O EXODUS tem muitos fãs, mas é um pouco negligenciado em comparação com o METALLICA, MEGADETH, SLAYER, ANTHRAX — os "Big Four", por assim dizer, então é bom poder trazê-lo à linha de frente e enfiar ele goela abaixo e dizer "Ei, esse filho da puta arregaça. Presta atenção".
Full Metal Jackie: Kerry, vocês pensam muito a respeito de quanto tempo tem que vocês são amigos e em que situação está o cenário do metal hoje?
Kerry: Vez ou outra. O Gary e eu geralmente ficamos acordados até mais tarde no ônibus que os outros – quando não estamos assistindo algum filme louco de terror ou de comédia ou tagarelando.
Full Metal Jackie: Quais aspectos do estilo do Gary mais afetam o que vocês fazem no palco?
Kerry: Provavelmente não seja tanto o estilo dele… Ainda é novidade para ele e em alguns meses ele vem e diz, "Por que não tocamos essa? Seria incrível tocar essa". Então a gente vai aprender uma outra música que o Gary não tocou ainda, porque ele quer tirar o máximo do tempo que ele estiver aqui. A gente manda a "Hell Awaits" de vez em quando. Ele a tocou duas vezes, mas eu acho que com as mais recentes ele está mais verde.
Full Metal Jackie: Do que ouvimos dizer, vocês tem um monte de músicas novas gravadas. Estamos definitivamente ansiosos para ouvir umas músicas novas. Muitas letras do SLAYER falam sobre assassinos em série, opressão religiosa e temas apocalípticos. Esses tópicos são coisas que vocês também veem em documentários ou leem a respeito regularmente?
Kerry: Sim, eu sou um grande fã de filmes de terror e eles são tão raros que entre um e outro tem um monte de porcaria que sai, mas para os bons você tem de esperar um bom tempo e daí você diz, "Aí sim, esse vai ser daqueles", sabe, History channel, Discovery, todo tipo de coisa. Se eu fizesse filmes, eu seria roteirista de filme de terror, sem dúvida.
Full Metal Jackie: Qual foi o filme de terror mais recente que você assistiu que você recomendaria?
Kerry: Quando me poem na berlinda assim eu fico tipo, "Oh". [Risos] Eu assisti o "Insidious" ("Sobrenatural") há um tempo. O "Insidious" ("Sobrenatural") é bem legal pra um filme permitido para crianças. Historicamente eu não sei ao certo se é de horror, mas não dá pra errar com o "Seven" ("Seven – Os Sete Crimes Capitais)"; é simplesmente incrível.
Full Metal Jackie: É a história ou o sangue que te prende quando se trata de um filme de terror?
Kerry: Bem, algo tipo o "Seven", é completo — prende sua mente ao que está se passando, então é a intensidade da história enquanto algo tipo o "Devil's Advocate" ("Advogado do Diabo"), você se prende à maldade nele. São coisas diferentes, acho que o "Seven" é quase como um drama criminal, mas é realmente obscuro.
Full Metal Jackie: Há alguma banda que você nunca viu antes que você talvez queira ver no Rockstar Energy Drink Mayhem Festival?
Kerry: Sabe, nunca chegamos lá tão cedo, chegamos mais ou menos na hora que o ANTHRAX está tocando porque eu sei que vai ter muita coisa acontecendo em todos os shows. Eu já vi o ANTHRAX um milhão de vezes, já vi o SLIPKNOT um milhão de vezes, mas se estou lá para o ANTHRAX, estarei lá apoiando eles e quando terminarmos de tocar — assim que trocar minhas roupas de couro suadas, estarei lá vendo o SLIPKNOT.
Full Metal Jackie: Você acha que podemos esperar por ums jams?
Kerry: Acho que não. Eu já estou meio saturado dessa coisa de "Big Four".
Full Metal Jackie: Você acha que se acontecesse mais para frente na turnê, você estaria disposto?
Kerry: Eu sempre estou disposto a escutar. Depende do que estão mandando, de quem está tocando, se eu gosto da música. Quero dizer, alguns dos jams do "Big Four" eu fiquei de fora, porque eu nem sequer gostava da música. [Risos] Eu não queria aprender a tocá-la.
Comentários: É muita marra!
20 de jun. de 2012
Entrevista\\ Kerry King: "Já estou saturado dessa coisa de Big Four"
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