www.diariodorock.com.br: Entrevista\\ Ativismo, natureza e suicídio na voz do multimídia Serj Tankian
"Satan laughs as you eternally rot!"

14 de set. de 2012

Entrevista\\ Ativismo, natureza e suicídio na voz do multimídia Serj Tankian


Além de vocalista do System of a Down, Serj Tankian é um entusiasta de debates sobre diversos assuntos, que incluem natureza, amor, política, morte e críticas ao "sistema corporativo que movimenta fortunas pelo mundo". Todos esses temas podem ser encontrados nas letras de seu terceiro disco solo, "Harakiri", que chega às lojas na próxima terça-feira, mas já está disponível na versão streaming em seu site oficial.

— Gosto muito de me expressar. Por isso, faço música com uma banda, em carreira solo escrevo poesia e lanço livros. Aprendo tanta coisa interessante que tenho vontade de dividir com o mundo. Mas não busquei este disco. As músicas começaram a nascer na minha cabeça — diz Tankian, em entrevista ao GLOBO por meio de um bate-papo no Skype, de sua casa em Los Angeles.

‘Pensar em suicídio é normal’

Morte é e sempre foi um tema de constante reflexão para o libanês de origem armênia de 44 anos, que se mudou com a família em 1975 para os Estados Unidos. "Harakiri", que em japonês significa suicídio, surgiu a partir de uma notícia incomum nos jornais.

— Em 2011, li reportagens sobre mortes de pássaros e peixes, uma forma de o mundo mostrar que estamos no caminho errado. Animais são integrados com a natureza. Por que eles estão indo embora? — questiona, a partir de um contraponto com sua própria vida. — E é claro que tem muito sobre mim. Pensar em suicídio é normal aos adolescentes, porque você questiona seu lugar no mundo.

Os fãs do System of a Down, sem álbum inédito desde 2005, que procurarem uma semelhança entre a banda e a carreira solo de Tankian vão encontrar, garante ele, por um motivo óbvio.

— Uma vez me perguntaram por que minha voz é sempre a mesma nos discos da banda e nos solos. Eu respondi: "Ora, porque é minha voz! E eu só tenho uma."

Depois de uma estreia elogiada em palcos brasileiros em outubro de 2011, ele e seus companheiros do SOAD não pretendem deixar o país de fora de seus compromissos.

— Espero voltar em 2013, mas para levar "Harakiri". O show do Rock in Rio foi um dos melhores da nossa carreira. O público ficou enlouquecido. Por isso queremos incluir o país em tudo o que fizermos.

Enquanto isso, o SOAD segue sem novidades...

— Nossa reunião em 2011, após cinco anos de afastamento, foi maravilhosa, mas não há planos além dos shows que faremos nos Estados Unidos em agosto — diz.

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