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"Satan laughs as you eternally rot!"

31 de mar. de 2011

OZZY no Brasil \\ Show energético do nosso Mestre em Porto Alegre


Apostando nos clássicos de sua ex-banda, Black Sabbath, e dos discos de sua carreira solo nos anos 1980 e 1990, o roqueiro inglês Ozzy Osbourne abriu sua série de cinco shows no Brasil com uma apresentação de pouco mais de 1 hora e 30 minutos de duração na noite desta quarta-feira (30), no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre.

Sem surpresas no repertório, o reencontro do Príncipe das Trevas com seus súditos brasileiros repetiu as 15 canções apresentadas dois dias antes em Santiago, no Chile. Nada que decepcionasse os fãs do Pai do Metal, ávidos por ouvir os sucessos dos discos da primeira formação do Black Sabbath, que teve Ozzy como líder entre 1969 e 1978.

Foram essas canções que marcaram os principais momentos do espetáculo, com mais de 12 mil pessoas cantando junto com Ozzy músicas como “War pigs”, “Iron man”, “Fairies wear boots”, além, é claro, de “Paranoid”, escolhida para encerrar a noite.

Também fizeram a plateia vibrar as performances da fase pós-Black Sabbath. O público entoou os consagrados refrões de “I don´t want to change the world”, “Road to nowhere”, “Shot in the dark” e “Mama, I´m coming home”, incluída no bis.

“Bark at the Moon” abriu o show, iniciado 30 minutos antes do horário anunciado pela organização, mas já com o Gigantinho lotado.

Bandeira do Grêmio
Logo na primeira música, uma provocação, provavelmente involuntária, do astro. Cantando no ginásio que pertence ao Internacional, e localizado ao lado do Estádio Beira-Rio, Ozzy se vestiu com uma bandeira do Grêmio, maior rival dos colorados, arremessada ao palco por um dos fãs. O gesto durou pouco, nem foi até o fim da música. Percebendo o incômodo de parte do público, uma assistente da produção retirou a bandeira das costas do cantor.

O deslize futebolístico com metade dos gaúchos foi consertado três músicas depois, quando Ozzy recebeu do público uma bandeira do Rio Grande do Sul. Colocou-a nas costas e a prendeu ao pescoço - lembrando um lenço gaúcho -, bem ao gosto do público local.

Apesar de dar nome à atual turnê internacional, o último álbum do cantor, “Scream”, cede apenas uma música para o show: “Let me hear you scream”. Foi a canção menos conhecida tocada no Gigantinho, estrategicamente colocada logo no início, antes do show engrenar com a sucessão de clássicos.

Água e espuma
Desafiando seus 62 anos, o roqueiro mostrou vivacidade incomum para quem tem mais de seis décadas nas costas. Brincando com o público, jogou água e espuma nos fãs presentes na pista, com o auxílio de baldes e de uma mangueira.

Os baldes também serviam para Ozzy molhar o cabelo e o corpo, o que fazia em quase todo intervalo entre as músicas.

Com o microfone, no centro do palco, o ex-líder do Black Sabbath não abriu mão de pulos e danças ao cantar suas músicas. O ar juvenil desaparecia, no entanto, quando os passos curtos e a postura curvada ao caminhar de um lado para o outro denunciavam o peso da vida de excessos.

Para descanso do velho roqueiro, o setlist incluia a instrumental “Rat salad”, do Black Sabbath, momento que abre espaço para performances, algumas um tanto longas, da banda, principalmente do guitarrista virtuoso Gus G.

O Príncipe das Trevas volta a cantar no Brasil neste sábado (2), na Arena Anhembi, em São Paulo. Depois, o roqueiro ainda passará por três capitais: Brasília (5), Rio de Janeiro (7) e Belo Horizonte (9).

As músicas apresentadas em Porto Alegre:

1 - “Bark at the moon”
2 - “Let me hear you scream”
3 - “Mr. Crowley”
4 - “I don´t know”
5 - “Fairies wear boots”
6 - “Suicide solution”
7 - “Road to nowhere”
8 - “War pigs”
9 - “Shot in the dark”
10 - “Rat salad”
11- “Iron man”
12 - “I don´t want to change the world”
13 - “Crazy train”

Bis
14 - “Mama, I´m coming home”
15 - “Paranoid”

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