Soulfly - Back to the Primitive - São Paulo 2012
Via Marquês - Brasil - 25/02/2012
Resenha por Julio Feriato:
O SOULFLY demorou um bocado para entrar no palco. Tanto que a galera já estava impaciente e gritava pelo nome da banda. Mas a espera valeu a pena, pois qualquer reclamação foi esquecida quando por volta das 22h eles começam a tocar “Rise of the Fallen”. O público enlouqueceu ao ver Max Cavalera lá em cima com disposição total apesar da paralisia facial que o afetou nesta última semana. Aliás, que paralisia que nada, esse detalhe nem foi percebido! Prosseguiram com “Prophecy”, cantada em uníssono pela plateia, seguida de “Primitive”, “Dowstroy” e “Seek N' Strike”.
As próximas músicas relembraram a fase em que Max ainda estava no Sepultura, e para o orgasmo geral, tocaram a dobradinha “Refuse/Resist” e “Territory”, verdadeiros clássicos de sua antiga banda, seguida de “Porrada”, música que antecedeu o solo de bateria de Zyon Cavalera, filho de Max de apenas 18 anos, e que pelo jeito segue os passos do pai e do tio Igor Cavalera. E não é que o moleque toca bem pacas?
Tocaram mais algumas próprias, e deram inicio a um dos momentos mais empolgantes da noite, a dobradinha “Arise” e “Dead Embrionic Cells”, da fase áurea do SEPULTURA. Mas o melhor ainda estava por vir. Zyon deixou a bateria para ceder lugar ao tio Igor Cavalera, que foi ovacionado pela plateia. “Este é meu irmão, o melhor baterista do mundo”, diz Max. E tocaram “Troops of Doom”, que quase destruiu o Via Marquês. Para muitos ali, era a primeira vez que viam os irmãos juntos no mesmo palco tocando uma música da banda que ELES criaram. Então, descrever tamanha emoção ao presenciar esta cena é algo impossível. Em seguida, Igor devolveu as baquetas para Zyon, e apontou para o sobrinho como querendo dizer “agora é a vez dele detonar”. E executaram a clássica “Innerself”, que levou todos ao delírio.
Algo interessante e que não passou despercebido foram as crianças que estavam ao lado do palco, que depois fiquei sabendo se tratar de filhos e sobrinhos de Max Cavalera. Muito legal saber que a nova geração da família Cavalera talvez continue o legado dos pais. Prova disso foi a participação de dois filhos de Max cantando “Revengeance”, música que faz parte do novo álbum, que ainda será lançado. Sinceramente senti uma invejinha dessa molecada, pois nasceram em berço de ouro, e imaginei a vida legal que essa família deve ter. Ai como eu queria ser uma daquelas crianças!
Inveja boa à parte, a banda não esqueceu de “Roots Bloody Roots”, com certeza uma das favoritas da galera que curte a fase mais “groove” do SEPULTURA. Encerraram com “Jumpdafuckup” e “Eye For An Eye”, do primeiro CD do SOULFLY.
Com certeza uma noite memorável que não será esquecida tão cedo pelos fãs de Max, pois o cara já é uma lenda viva do metal brasileiro, um verdadeiro orgulho para nós, headbangers tupiniquins.
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