www.diariodorock.com.br: Stone Temple Pilots no Brasil \\ Recebidos com reverência histórica em SP
"Satan laughs as you eternally rot!"

10 de dez. de 2010

Stone Temple Pilots no Brasil \\ Recebidos com reverência histórica em SP


Foram apenas quatro canções de seu álbum mais recente, lançado neste ano, contra 14 músicas que ajudaram o Stone Temple Pilots a colocar seu nome entre as bandas mais influentes dos anos 90. Liderados pelo performático Scott Weiland, que recentemente abriu novo capítulo de sua luta contra as drogas, a banda californiana mostrou todo seu peso na noite desta quinta-feira (9), no Via Funchal, em São Paulo.

Por volta das 22h15, a enorme bandeira com um dos logos característicos da atual turnê se iluminou. Os fortes gritos se tornaram ensurdecedores quando Scott pisou no palco, com seu alinhado terno. A primeira porrada veio sem cerimônias: Crackerman, do álbum de estreia, Core, de 1992. O riff pesado da guitarra de Dean DeLeo já dava uma bela amostra do que estaria por vir como tônica da noite.

Do mesmo disco, veio na sequência Wicked Garden e depois Vasoline, de Purple, de 1994, que contém os hits mais certeiros do quarteto. Saltando para 1999 veio Heaven & Hot Rods, do álbum No 4. Neste ponto, o impecável terno de Weiland já havia virado uma camisa molhada de suor com as mangas arregaçadas.

Muito se fala sobre as reais condições do líder do Stone Temple Pilots, que se mostra bem mais vagaroso no palco e se mexe bem menos de costume. Desculpa ou não, o fato é que sua menor mobilidade traz em troca vocais mais fiéis do que quando veio ao Brasil com o Velvet Revolver, seu ex-grupo ao lado de alguns ex-Guns N' Roses.

Voltando ao show, Between the Lines e Hickory Dichotomy dão a primeira sequência do novo álbum, que entre as outras canções soa bem mais pop na carreira do quarteto. Depois de Still Remains, também do Purple, veio a nova Cinnamon, que ganhou uma bela cota de fãs que entoaram o coro até Big Empty.

Indo muito pouco ao microfone para falar, Scott limitou-se aos "obrigados" e anúncio das músicas. "Esta canção a gente tocava há dez anos", afirmou antes de Dancing Days, um cover do Led Zeppelin presente em um tributo do qual a banda participou.

Dali pro final, os fãs viram canções escolhidas a dedo pela banda para o encerramento. Tanto que o setlist do Stone Temple Pilots não se alterou nos shows no Chile e Argentina.

Depois da pesada Silvergun Superman, Plush e Interstate Love Song, dois dos hits mais conhecidos do quarteto, foram cantados em coro do começo ao fim. "Já posso ir embora", disse um fã exaltado na pista. Calma.

Huckleberry Crumble dava sua última pincelada do álbum mais recente da banda, que ainda tocaria Down e Sex Type Thing, fechando o bloco principal da apresentação.

Sem Plush e Interstate Love Song, canções que seriam óbvias escolhas para o encerramento, o grupo voltou com a pancada de Dead & Bloated, que abre Core. Na despedida Trippin' On A Hole In A Paper Heart, única canção do álbum Tiny Music... Songs from the Vatican Gift Shop, de 1996.

Climas
Com um setlist rápido e preciso, o Stone Temple Pilots faz algumas jams sessions entre uma canção e outra. Variando temas cheios de atmosferas e até um rápido improviso de jazz, estas pausas foram bem aplaudidas, mas na realidade só eram uma antítese da próxima "pedrada".

Mesmo sem a presença 100% de Scott Weiland no palco, que segura a bronca dos vocais, mas não funciona tanto mais como mestre de cerimônias, o Stone Temple Pilots mostra que possui banda de sobra para se apresentar até em arenas maiores do que o Via Funchal. Além disso, o setlist cravado e cronometrado da turnê da América do Sul comprova a quantidade de hits, sucessos pesados, que a banda têm. Algo bem incomum hoje em dia.

Confira o setlist:
Crackerman
Wicked Garden
Vasoline
Heaven & Hot Rods
Between The Lines
Hickory Dichotomy
Still Remains
Cinnamon
Big Empty
Dancing Days (Led Zeppelin cover)
Silvergun Superman
Plush
Interstate Love Song
Huckleberry Crumble
Down
Sex Type Thing

Bis
Dead & Bloated
Trippin' On A Hole In A Paper Heart

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