www.diariodorock.com.br: Entrevista\\ Motley Crue: "Nos recusamos a morrer. Ainda estamos aqui!"
"Satan laughs as you eternally rot!"

13 de ago. de 2009

Entrevista\\ Motley Crue: "Nos recusamos a morrer. Ainda estamos aqui!"



Entrevista cedida pelo baterista TOMMY LEE a Allan Sculley para a edição online do jornal norte-americano Daily Herald, publicada originalmente no dia 31 de Julho.

Na maioria do tempo, parecia que se fosse pra banda manter-se na ativa de qualquer modo, não seria com sua notória formação original com o vocalista Vince Neil, Sixx, o guitarrista Mick Mars e o baterista Tommy Lee. E se a banda seria, sob qualquer forma, capaz de produzir qualquer música nova relevante era, na melhor das perspectivas, altamente questionável.

Vamos voltar a fita.

Primeiro, Neil saiu da banda em 1992. A banda tentou seguir em frente com o novo vocalista John Corabi, mas o único CD gravado por aquela versão da banda, “Motley Crue”, de 1994, deu com os burros n'água. No fim dos anos 1990, Neil, cuja carreira solo nunca decolou, tinha voltado a equação.

O grupo lançou um CD de estúdio, “Generation Swine,” em 1997, mas não foi uma reunião duradoura. Lee pulou fora do barco em 1999, para começar sua própria banda, o Methods of Mayhem.

Então, em 2002, Neil foi chutado, e logo depois, o Motley Crue tinha se separado por completo. Teria o Crüe finalmente dado o que tinha que dar?

Dificilmente. Três anos atrás, todos os quatro membros originais se reuniram para uma turnê de reunião altamente bem-sucedida. Logo, surgiram rumores de que o grupo planejava fazer música nova. Tal rumor tornou-se realidade no verão americano do ano passado com o lançamento do CD “Saints of Los Angeles,” que, pela maioria, foi visto como o melhor trabalho do Mötley Crüe desde “Dr. Feelgood.”





Lee, em uma recente entrevista pelo telefone, disse que “Saints” ajudou a reintroduzir o Mötley Crüe como uma banda plenamente funcional. Mas seu maior benefício pode ter sido externo.

“Para nós, realmente precisávamos fazer alguma música nova,” disse Lee. “Apenas por inspiração, tipo, Deus abençoe todas as grandes canções que a gente toca, mas mesmo no fim das contas, você tem que tocar algo novo.”

Ainda assim, a trilha para fazer “Saints of Los Angeles” e então para um ciclo de turnês que começou com o espetáculo de várias bandas do ano passado, o CrüeFest, não foi inteiramente suave.

Em setembro de 2007, houveram rumores que Lee estava mais uma vez deixando a banda. Mas a partir do momento que o Mötley Crüe agendou a primeira data do CrüeFest, Lee estava oficialmente na formação.

Lee reconheceu que houveram questões em 2007, mas esquivou-se da questão se ele oficialmente saiu do Mötley Crüe ou não.

“Você sabe, quando eu saí para fazer o Methods [of Mayhem], era algo como, ‘Eu tenho que ir, caras,’” ele disse. “Mesmo naquela época eu não sei se de fato saí da banda. Eu não acho que jamais tenha desistido de algo. Eu não sou de desistir. Eu precisava apenas de uma folga. Eu realmente não sou do tipo que desiste, e se fosse pra eu desistir, eu vou ter certeza que eu vou sair causando barulho.”

Havia um conflito bem real, apesar disso, entre as facções na banda e de seu empresariamento. Representantes legais de Neil, Sixx e Mars processaram o empresário de Lee, Carl Stubner, afirmando que Stubner tinha quebrado seus “deveres fiduciários” com o Mötley Crüe arrumando e promovendo atividades externas de Lee em detrimento da banda.

Trocando em miúdos, a ação baseava-se na idéia de que a participação de Lee em programas do tipo ‘reality show’ como “Tommy Lee Goes to College” de 2005, na NBC e “Rock Star: Supernova” de 2006 na CBS tinham entrado em conflito com a programação de atividades e turnês do Mötley Crüe.

O processo foi finalizado com um acordo externo entre as partes na primavera de 2008, e Stubner ainda permanece como empresário de Lee.

No que diz respeito a seu relacionamento com os outros membros do Mötley Crüe, Lee diz que tudo está bem e azul.

“Estamos numa boa, cara,”, disse Lee. “Todo mundo conhece os defeitos um do outro e a gente trabalha juntos sobre eles. Tá tudo bem.”

Pra todos os efeitos, a banda se divertiu muito promovendo o primeiro Crue Fest, e a segunda edição do festival nesse verão (norte-americano) encontra o Mötley Crüe no palco, junto com o Godsmack, Drowning Pool, Theory of a Deadman e Charm City Devils.

Como parte de sua apresentação principal, o Mötley Crüe está tocando seu CD, “Dr. Feelgood” inteiro. Esse ano marca o vigésimo aniversário desse disco, mas Sixx disse que não foi esse o porquê da banda escolher o álbum ao invés de outros no catálogo do Crüe.

“Inicialmente, eu tinha pensado em ‘Shout at the Devil’, porque eu achei que seria mais na cara e culhudo,” disse Sixx. “E daí eu fiquei meio que, ‘Bem, talvez “Girls Girls Girls.”’ E daí a gente meio que flertou com muita coisa. Pensamos, ‘Vamos fazer algo mais do tipo um jogo de hóquei estranho e tocar ‘Too Fast For Love.’ E todo mundo ficou meio que pensando em qual disco seria. E ‘Feelgood’ simplesmente ganhou.

“Daí a gente descobriu depois que era o aniversário de 20 anos do disco e que faria nos parecer inteligentes, como se tivéssemos um plano,” ele disse. “A gente não tinha plano algum.”

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