O Prodigy lançou recentemente seu primeiro CD e DVD ao vivo, "World's on Fire", num show para 65 mil pessoas no Milton Keynes Bowl, na Inglaterra. No entanto, em mais de 20 anos de carreira, a banda precursora da música eletrônica nunca pensou em estar à frente de um público tão numeroso. "Para ser sincero, eu estava desconfortável em fazer o show no primeiro lugar que conhecemos. Nunca quisemos ser o tipo de banda que toca em estádios ou algo assim", admite o tecladista e líder da banda, Liam Howlett, em entrevista divulgada pela gravadora EMI.
O registro "World's on Fire" foi gravado em 24 de julho do ano passado com ingressos esgotados no maior show da banda, durante um festival que os integrantes do Prodigy organizaram. "De certa forma, foi tudo um pouco acidental. Nunca houve um plano para isso. Nós queríamos fazer algo especial para concluir a turnê de 'Invaders'. Escolhemos Milton Keynes Bowl, no final, porque nos lembrava como ir a uma rave, com um enorme campo verde. O lugar tinha esta energia", lembra Liam.
O tecladista conta que o Prodigy nunca pensou em lançar um trabalho ao vivo. "Eu não queria mesmo um DVD ao vivo. Sinceramente, este tipo de álbum não me anima. Mas quando Duggers (o diretor Paul Dugdale) começou a me mostrar um pouco das gravações que ele tinha feito, percebi que poderia ser legal fazer algumas faixas. Quando ele começou a colocar tudo junto, tinha energia de verdade e eu comecei a aceitar a idéia", conta.
Antes de seu lançamento oficial, "World's on Fire" foi exibido em 70 cinemas do Reino Unido e Europa. "Nós conseguimos o que queríamos. As pessoas dançavam nos corredores e subiam no palco dos cinemas, por todo o Reino Unido, isso foi demais. Nós fomos uma das primeiras bandas do nosso gênero a fazer isso", orgulha-se, sintetizando que "este álbum e DVD são como um resumo do Prodigy até agora".
Enquanto trabalha na divulgação do registro ao vivo, o Prodigy já está em estúdio trabalhando no novo álbum, ainda sem previsão de data para sair. "Estamos bem mais preparados agora. Tenho trabalhado nisso enquanto estamos na estrada e a pressão é bem menor. As primeiras duas faixas [de um disco] são sempre as mais difíceis para mim. Eu tento um monte de porcaria e algo sai dali, dá forma e uma direção. Tudo o que eu sei é que será sujo, pesado, perigoso e soa como o Prodigy".
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