www.diariodorock.com.br: Resenha\\ CD solo de James Labrie traz influências de Metalcore
"Satan laughs as you eternally rot!"

26 de out. de 2010

Resenha\\ CD solo de James Labrie traz influências de Metalcore


“Static Impulse” é um disco que talvez assuste um pouco os fãs do trabalho de James LaBrie à frente do Dream Theater, já que o vocalista reúne elementos musicais que certamente não cabem no som de sua banda principal. Como eu sempre gosto de fazer, vou tentar mostrar dois lados disso. O primeiro é que se fosse para fazer um álbum idêntico ao que o Dream Theater faz, ele não precisaria fazer um disco solo. Óbvio. Se pensarmos assim, ponto positivo para o vocalista.

Ao ouvir “Static Impulse” conferimos o que o próprio LaBrie e o tecladista Matt Guillory - parceiros nas composições, produção e execução das canções - disseram antes do lançamento do disco. Os dois chegaram a declarar que o novo álbum solo do cantor traria uma sonoridade com fortes influências do som das bandas de Gotemburgo, aquele Death Metal moderno, técnico, com vocais gritados.

E realmente isso está presente. Ou talvez seja uma leve aproximação ao Metal moderno das bandas norte-americanas de Metalcore que também tem nos suecos suas influências? Seja como for, a mistura não agrada.

Nessa nova empreitada LaBrie contou com Matt Guillory (teclado), Marco Sfogli (guitarra), Ray Riendeau (baixo) e Peter Wildoer (bateria e vocal) para as gravações. Logo que comecei a ouvir a primeira música pensei “ok, teclado e guitarras típicas de Prog Metal”, mas de repende surge um vocal gritado, ríspido, que me fez pensar que algo estava errado com o arquivo. Até que finalmente o vocal inconfundível de LaBrie surge.

Os vocais Metalcore - sim, é isso que são - é provido pelo baterista Peter Wildoer e como todos desse estilo são intragáveis. Mas o irônico é que a parte que cabe a LaBrie é muito bacana. “Jekyll or Hyde”, que vem na sequência, segue a mesma linha, com resultados ainda menos interessantes.

A terceira faixa do disco, “Mislead”, é provavelmente a melhor do disco, ainda que o tal vocal de Wildoer continue causando certa estranheza. Tirando isso, é uma música rápida, com excelente performance de LaBrie. Curioso que este trabalho é pouco direcionado ao teclado, apesar de Guillory ter um papel importante em todo o processo do disco. O instrumento só tem um destaque maior em “I Tried”.

“Euphoric”, “Who You Think I Am” e “Superstar” são destaques do repertório de 12 músicas. O álbum também traz duas músicas bônus. No geral, “Static Impulse” é um disco que leva um pouco de tempo para ser assimilado.

por Eduardo Guimarães

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