www.diariodorock.com.br: Metallica no Brasil \\ James Hetfield em entrevista ao Fantástico
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25 de jan. de 2010

Metallica no Brasil \\ James Hetfield em entrevista ao Fantástico



A banda que viveu o céu e o inferno do rock volta ao Brasil, depois de 11 anos: Metallica. O Fantástico foi até Lima, no Peru, conferir de perto como vão ser os shows no Brasil.

A maior banda de heavy metal do planeta está de volta. E o Fantástico foi a Lima, capital do Peru, para antecipar como serão os shows do Metallica em Porto Alegre e São Paulo, esta semana, depois de 11 anos de espera.

Ser fã de heavy metal é ser que nem aqueles torcedores fanáticos por futebol: é uma relação com o time, ou com a banda, que ultrapassa os limites da razão. "Ver o Metallica no Peru não tem preço", diz um fã. "É o melhor do melhor".

A banda, criada no início dos anos 80, não perde espaço, como conta um fã das antigas. "Tenho um sobrinho de 18 anos e outro de 14 que adoram Metallica", diz ele.

A mega turnê passou por mais de 120 países. Nós estamos onde milhares de metaleiros adorariam estar. Depois de quase três décadas na estrada, muitas brigas, drogas e rock and roll pesado, o Metallica continua vivo, conquistando multidões pelo mundo com o magnetismo da morte. "Death Magnetic" é o nome do álbum mais recente.

“O ímã tem um lado que atrai e outro que repele", explica o vocalista James Hetfield. "Assim como algumas pessoas têm medo da morte e acham que podem controlar tudo, outras se sentem atraídas por ela”.

Hetfield, que também compõe as letras, diz que se inspirou no destino trágico de alguns astros do rock, como Layne Staley, o líder do Alice in Chains, morto por overdose há oito anos.

“Eu queria entender por que eles foram tão longe e falar do mito do rock, de que é preciso estar drogado ou bêbado para ser criativo. Isso é uma loucura, uma tristeza”, afirma. O próprio James assume que ainda está se recuperando do alcoolismo. "Estou fazendo o melhor que posso. Não tem cura".

O cantor, sempre tão cheio de atitude no palco, revela um lado frágil. "Eu era uma criança calada, tímida. Odiava falar, odiava me comunicar com as pessoas. Mas me comunicar é exatamente o que eu faço hoje, com a música", conta.

O Metallica estourou para o grande público em 91, com o clássico “Álbum Preto”. Na época, a banda chegou a ser criticada por ter se rendido ao pop. Mas James rebate: “Sim, nós queríamos vender muito, nós queríamos ver o disco do Metallica nas mãos de todo mundo. Se você está em uma banda e não deseja isso, tem algo de errado.”

Depois de ganhar fama e dinheiro, o Metallica quase acabou. Primeiro, liderou uma luta contra o acesso grátis a músicas pela internet, uma campanha vista como antipática e que abalou a popularidade da banda. Depois, a saída do baixista Jason Newsted precipitou uma crise criativa e uma batalha de egos, retratadas no documentário "Some kind of monster".

James e o baterista Lars Ulrich brigavam o tempo todo. Em 2003, no auge das brigas internas, o Metallica cancelou um show no Brasil. A repórter Marina raújo pergunta por que levou tanto tempo para eles voltarem. Hetfield responde que não era a hora certa: "Não seria um show 110%, como a gente gostaria. Agora sim, estamos aqui para isso. O relógio do Metallica é muito lento para fazer discos, turnês, qualquer coisa”.

E o que os brasileiros podem esperar? Um espetáculo repleto de sucessos, James garante: "Em um show ao ar livre, em pleno verão, dá vontade tocar as músicas que o público ama. Nossa missão é fazer o máximo de pessoas suar, sorrir e perder a voz, no mundo inteiro".

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