Essa semana o interior de São Paulo vai se tornar palco de um mega festival internacional de música e arte para promover o desenvolvimento sustentável. E por falar em mega, é claro que o festival só poderia ser numa cidade: Itu.
Na cidade onde tudo é gigante, só faria sentido mesmo um festival com 74 bandas, mais de 50 horas de música e, na fazenda que vai enlouquecer a partir do próximo sábado (9), madeiras e metais se afinam no embalo da sustentabilidade proposta pelos organizadores.
Enquanto isso, em um estúdio em Los Angeles, nos Estados Unidos, uma das bandas mais polêmicas do festival, passou a semana ensaiando, se preparando em sigilo absoluto para o show no Brasil.
Traduzindo, Rage Against the Machine é algo como "fúria contra a máquina", contra o que chamam de imperialismo americano.
"Nos shows, tentamos criar um pouco do mundo que gostaríamos de ver. Tentamos provocar uma rachadura nessa muralha de guerra e desigualdade", diz Tom Morello.
Pra quem não conhece, a banda que explodiu no cenário alternativo mistura rap com punk e hard rock. Mas é, acima de tudo, um coquetel de ideologias.
Enquanto o guitarrista se define como socialista. O baterista Brad Wilk se diz anarquista. E em seus arroubos radicais, o cantor Zack de La Rocha já defendeu o enforcamento do ex-presidente americano George Bush.
Sobre a estréia brasileira, eles se dizem mais ansiosos até do que o público. Só ficaram irritados ao saber que vai haver uma área exclusiva pra convidados vip. E como não conseguiram mudar a regra do festival, resolveram fazer doações de ingressos.
Agora, como assim, não querem área vip e só viajam de avião na primeira classe?
"Existem contradições estranhas como essa", se diverte o guitarrista Morello. "Eu quero um mundo sem primeira classe, mas ao mesmo tempo, uma das coisas mais difíceis de se tirar das mãos de alguém é o privilégio", acrescenta o guitarrista.
Polêmicas à parte, no próximo sábado (9), os fãs brasileiros terão o privilégio de ver de perto, pela primeira vez, toda a fúria da banda que, depois de sete anos sem tocar, voltou aos palcos e vai, finalmente, desembarcar em Itu.
Comentários: O reporter deixou Tom Morello sem saída com a pergunta: Não querem área vip e só viajam de avião na primeira classe?
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