O site britânico The Skinny recentemente entrevistou o vocalista do DOWN/ex-PANTERA Philip Anselmo. Seguem alguns trechos da conversa.
The Skinny: O "Cowboys From Hell" [do PANTERA] é um álbum que você pode escutar e apreciar como um ouvinte hoje?
Anselmo: Para ser honesto, quando estávamos compondo essa coisa toda – quando eu estava lá e vivenciando aquilo – não havia como eu deduzir como as pessoas iriam encarar. Mas quando eu olho prá trás hoje, coisas que eu sentia que eram realmente simples acabaram ficando complicadas. Coisas que eu pensei que eram bem singelas, regulares, são bem espetaculares. É algo impressionante de se ouvir. Somos muito perguntados sobre a produção e coisas do gênero – a alta qualidade e o fato de ser metálica – tudo o que posso dizer é que acho que na época estávamos realmente tentando encontrar a melhor forma de pegar o som de guitarra monstruoso que o Darrel fazia e colocar em um disco. Você tem de entender, você um jovem insignificante, na época em que fizemos o 'Cowboys From Hell', nós gravamos ele em 1989 – sem ferramentas profissionais, truques. Tínhamos que nos virar pra fazer rolar; a produção em si estava mudando e eu sabia que o Pantera com o [produtor] Terry Date [que posteriormente supervisionaria o 'Badmotorfinger' do SOUNDGARDEN e o 'White Pony' do DEFTONES] na produção e o Vinnie Paul sabendo o que fazia – nós, como banda, ajudamos a mudar a produção dos discos de heavy metal. O 'Cowboys From Hell' foi – eu diria – um ponto de partida em muitos aspectos – não a coisa toda completa, mas foi um grande ponto de partida".
The Skinny: Poucas bandas com a intensidade do Pantera conseguiram trazer uma balada no meio de um disco totalmente agressivo. Isso foi algo que vocês planejaram fazer no “Cowboys” desde o princípio ou foi a "Cemetary Gates" meio que um acidente feliz?
Anselmo: Acho que é meio que um pouco das duas coisas. Veja, por exemplo, aquela faixa inédita do novo lançamento do Pantera 'The Will to Survive' – nós sabíamos que era um tipo de Power-ballad estilo JUDAS PRIEST. Mas acho que sim, houve um esforço consciente – deixe-me ser direto – talvez colocar algo mais palatável para os ouvintes com a "Cemetary Gates". Mas a forma que compusemos foi tão real e as coisas vieram de uma forma tão natural que na época não pareceu tipo “Ei, é melhor encararmos essa coisa de balada porque precisamos de uma.” Foi só um riff que o Dimebag compôs e se você pensar, a introdução da música tem três minutos de duração com a parte acústica. É uma música de seis minutos. Então, sejamos justos, você não pode dizer que seja definitivamente uma música para rádio.
5 de out. de 2010
Entrevista\\ Pantera: "ajudamos a mudar a produção dos discos de Metal"
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