www.diariodorock.com.br: Machine Head no Brasil \\ Pela primeira vez no Brasil, Machine Head vai dividir o palco com Sepultura e pede para banda levar "muita pinga"
"Satan laughs as you eternally rot!"

14 de out. de 2011

Machine Head no Brasil \\ Pela primeira vez no Brasil, Machine Head vai dividir o palco com Sepultura e pede para banda levar "muita pinga"


Prestes a completar 20 anos de carreira, o Machine Head é uma das bandas sobreviventes do chamado metal alternativo, que surgiu em meados dos anos de 1990. A explosão do grunge no início daquela década praticamente matou o thrash de bandas como Anthrax e Slayer. Parecia que não havia futuro para o estilo.

Até que bandas como Sepultura, Pantera, Fear Factory e o próprio Machine Head passaram a misturar o peso das origens a batidas diferentes e novas idéias musicais. Duas décadas depois, o quinteto de São Francisco segue com a mesma mentalidade. "Para nós o importante é ir adiante", disse o baterista Dave McClain ao UOL, por telefone.

Lançando o sétimo álbum de estúdio "Unto The Locust", a banda vem ao Brasil pela primeira vez. A turnê, ao lado dos velhos amigos do Sepultura, começa nesta sexta-feira (14) em São Paulo, no Via Funchal, e passa no sábado (15) por Curitiba (Master Hall) e no domingo (16) por Porto Alegre (Centro de Eventos Casa do Gaúcho).

UOL Música - É a primeira vez da banda no Brasil. Como é vir tocar aqui depois de quase 20 anos de carreira?
Dave McClain - Estamos muito prontos para ir, você nem imagina! Falamos em ir ao Brasil há tanto tempo, mas nunca rolou. Ouvimos sempre falar sobre como os shows aí são loucos. Mal podemos esperar para chegar e conhecer os fãs brasileiros.

UOL Música - O que está no repertório dos shows brasileiros?
McClain - Estamos decidindo ainda. Queremos tocar as músicas óbvias que sempre tocamos, como "Davidian", "Old", "Ten Ton Hammer", "Imperium" e "Halo", mas também adicionar músicas diferentes em cada show. A apresentação dura duas horas, então terá toneladas de músicas.

UOL Música - Vocês vão dividir a turnê com o Sepultura, e é interessante ver as duas bandas juntas porque ambas tiveram trajetórias paralelas nos anos 90, trazendo inovações ao metal.
McClain - Definitivamente. Vejo muitos paralelos entre as duas bandas. Eu diria que o Machine Head foi muito influenciado pelo Sepultura, que veio um pouco antes. Quando compusemos o "The More Things Change" [segundo álbum da banda, de 1997, considerado um marco do então chamado "metal alternativo"] ouvíamos muito duas bandas: uma era o Sepultura, principalmente os álbuns "Chaos AD" e "Roots", e a outra era o Pantera.

UOL Música - Vocês foram pioneiros na mistura de batidas suingadas e som pesado, e foram muitas vezes chamado de precursores do nu-metal. Você concorda com este rótulo?
McClain - Precursores do Korn e Limp Bizkit? De jeito nenhum! Bem, o Machine Head sempre teve muita influencia de metal, obviamente, mas também de muito hip-hop. No terceiro álbum, "The Burning Red", essas referências se tornaram mais óbvias, com vocais rap e coisas assim. Muita gente não gostou, mas foi um disco muito importante para nós. Os dois primeiros álbuns são muito parecidos, então era hora de tentar novas idéias. Quando você é músico é preciso fazer isso.

UOL Música - Vocês estão lançando um novo álbum, "Unto The Locust". Como ele soa em comparação com os discos clássicos de vocês?
McClain - Não vou compará-lo a nada que veio antes de "Through The Ashes Of Empires" (2003), porque para mim esse disco foi um recomeço para a banda. Aconteceu algo pela primeira vez, que foi manter a mesma formação em três álbuns seguidos. Estávamos com a mesma mentalidade, pensando "somos uma banda de metal e é isso o que vamos fazer". Isso foi o que marcou nossos discos daí em diante. Pegamos elementos de cada trabalho e tentamos expandi-los, mas fazendo coisas que nunca tentamos. Desta vez, o disco novo tem muita influência de música clássica, algumas das coisas mais brutais e obscuras que já fizemos.

UOL Música - "Unto The Locust" demorou quatro anos para ficar pronto e os dois trabalhos anteriores também demoraram mais ou menos a mesma coisa. Por que tanta demora?
McClain - Só a turnê de "The Blackening" (2007) durou três anos. Então é mais ou menos um ano para compor e gravar, seguido de três anos excursionando. Não costumamos compor muito em turnê, então geralmente só começamos a fazer o próximo disco quando encerramos tudo. Por sorte as turnês foram ótimas, podíamos ter continuado tocando, ofertas de shows não faltaram, mas tínhamos que fechar a porta e seguir adiante.

UOL Música - O "The Blackening" foi um grande sucesso para o metal, chegando inclusive às paradas principais Billboard. Vocês se sentiram pressionados a repetir essa marca com o novo disco?
McClain - Foi bom tocar o "The Blackening" durante tanto tempo. Ao invés de sentir pressão para voltar e repetir a mesma fórmula, estávamos prontos para algo novo. Sempre sentimos um pouco de medo quando começamos a compor e não sabemos o que vai acontecer, mas rolou uma química incrível. Já tínhamos feito dois álbuns incríveis juntos e por isso estávamos muito entusiasmados para criar algo novo.

UOL Música - Hoje em dia existe muita nostalgia das décadas de 80 e 90. Qual é o futuro do estilo na sua opinião? Ainda existe espaço para a inovação?
McClain - Com certeza. Uma coisa é nostalgia, mas para nós o importante é ir adiante. Ouvimos muitas bandas novas e também temos nosso passado. Tem sempre alguma coisa que pegamos da infância, bandas como Judas Priest e Iron Maiden, os fundadores do metal. Mas também sempre há barreiras a serem derrubadas. Nós sempre tentamos progredir como músicos, pegando elementos de bandas como o Rush para fazer músicas mais complexas, com partes mais difíceis de tocar, adicionando e criando coisas novas.

UOL Música - Algum recado para o Sepultura?
McClain - Sim! Tragam muita pinga!

MACHINE HEAD E SEPULTURA EM SP

Quando: nesta sexta-feira (14), a partir das 21h
Onde: Via Funchal (Rua Funchal, 65, Vila Olimpia)
Quanto: R$ 140 (pista), R$ 160 (mezanino) e R$ 200 (camarote)
Ingressos: na bilheteria do Via Funchal e pelo site www.viafunchal.com.br
Censura: 12 anos

MACHINE HEAD E SEPULTURA EM CURITIBA

Quando: sábado (15), a partir das 20h
Onde: Curitiba Master Hall (Rua Itajubá, 143, Portão)
Quanto: R$ 128 (1º lote), R$ 210 (mesas para 4 pessoas sem o ingresso incluso), R$ 525 (camarote para 12 pessoas sem o ingresso incluso)
Ingressos: pelo telefone 0/xx/41/3315-0808
Censura: 16 anos; acima de 12 anos somente acompanhados dos responsáveis

MACHINE HEAD E SEPULTURA EM PORTO ALEGRE

Quando: domingo (16)
Onde: Centro de Eventos Casa do Gaúcho (Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 301, Praia de Belas)
Informações: 0/xx/51/3212-3334, www.centroeventoscasadogaucho.com.br

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