O lançamento de “Dare to Dream, foi marcado com um show em Santos ao lado da banda Sepultura, que também estavam lançando o álbum “A-Lex”. Como foi essa festa de lançamento?
Dani: Na verdade, o lançamento do Dare to Dream foi no final de Junho, mas esse show foi o primeiro da turnê em Santos, que é nossa cidade natal. Foi uma experiência muito divertida e interessante, já que o Sepultura é uma banda completamente diferente de nós. No final acabou sendo uma festa de verdade, porque o público respeitou os dois lados e curtiu os dois shows, não existiu rivalidade alguma e eles ainda nos convidaram para participar de Roots Bloody Roots no final do show. Eu nunca me imaginei cantando com o Sepultura em toda minha vida (risos). Foi uma situação única e maravilhosa.
“Dare To Dream” o novo álbum, rendeu a banda, shows pelos Estados Unidos e Espanha, e está entre os álbuns mais vendidos no Brasil, já era esperado esse sucesso?
Dani: É difícil saber o que esperar quando você está prestes a lançar material novo, então não, nós não tínhamos idéia de que ficaríamos entre os álbuns mais vendidos do Brasil, especialmente quando na lista também estão bandas como Iron Maiden e Heaven and Hell. Acho que isso nos mostra que estamos no caminho certo e que os fãs aprovaram o que fizemos no Dare to Dream. O que nós mais ouvimos dos fãs antigos, na maioria das vezes, é que eles preferem o que começamos a fazer no Dare to Dream, algo com identidade, maturidade, sem exageros, cru e com atitude. Nós sempre tivemos esse espírito, mas deixamos tudo isso mais evidente nesse nosso trabalho e não tenho dúvidas de que o próximo será ainda mais “abusado”, sem preocupações com tendências. Além de tudo isso, conquistamos muitos fãs novos, alguns que não gostavam de nós antes e outros que começaram a prestar atenção ao que estamos fazendo agora. Para mim, é um bom sinal de que acertamos na direção que escolhemos e fico feliz por estarmos sendo reconhecidos fazendo algo que gostamos tanto.
Como foi à recepção por parte do público, tanto na Espanha, como nos Estados Unidos?
Dani: Foi excelente! Os espanhóis são bem parecidos com o público brasileiro. Eles são apaixonados e ficam insanos durante os shows! Também é sempre maravilhoso ver os americanos, que tem a fama de serem mais frios, perderem o controle naquelas passagens mais intensas. Em músicas como Illusions, vi algumas das rodas mais violentas que já aconteceram em um show nosso, pensei que alguém se machucaria, mas nada de ruim aconteceu. Eles já devem estar acostumados (risos). É um sentimento indescritível ver sua música cantada por pessoas de tão longe, usando camisetas com o nome da banda. É o tipo de coisa que há cinco anos atrás parecia inatingível e hoje está fazendo parte da nossa vida. Estamos trabalhando cada vez mais para dar certeza a todos e a nós mesmos de que não estamos conquistando tudo por acaso e que continuamos a merecer o carinho dessas pessoas.
De 01 a 07 de junho, vocês fizeram uma promotour pelas principais cidades da Suécia e Dinamarca, para promover o álbum “Dare To Dream”, qual foi o resultado obtido com esta promotour?
Dani: Nós fizemos essa promotour para observar o mercado e tentar abrir algumas portas, felizmente, conseguimos atingir esse resultado. Conversamos com a imprensa local e fizemos o nome da Shadowside se tornar um pouquinho mais conhecido por lá, mas tudo isso é apenas o começo. Esse é um mercado difícil de atingir, especialmente por estarmos longe demais de lá e ser difícil trabalhar assim. Mas o mercado escandinavo é muito aberto a todos os estilos de Rock e Metal. Aqueles que estão nos conhecendo agora por lá gostaram muito do que ouviram e as vendas nessa região aumentaram. Vamos ver o que vai acontecer no futuro. Quem sabe alguns shows por esses países na turnê do próximo disco.
Quais são as maiores influências da banda?
Dani: Tudo e nada (risos). Nós escutamos de tudo! Cada membro da banda gosta de uma coisa diferente. Todos nós gostamos do que os outros escutam, mas temos nossas preferências. Fabio gosta de Tears for Fears e Slayer, Raphael de Duran Duran e Pantera, eu gosto de tudo isso, mas também adoro Disturbed, Rammstein. Todos nós gostamos dos clássicos, como Deep Purple, Judas Priest, Metallica. E se você escuta a Shadowside percebe que não soamos como qualquer uma dessas bandas. Nós não nos preocupamos muito com que tipo de som vamos fazer, então nossas personalidades e características se combinam e fazem Shadowside. Fazemos barulho e saia o que sair (risos).
Comentários: O som deles é bom demais! E Dani é apaixonante!
If you don´t like women or metal, forget it!
17 de dez. de 2009
Entrevista\\ Dani: "Shadowside & Sepultura acabou sendo uma festa de verdade!"
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