Limp Bizkit - Eat you Alive - São Paulo 2011
Via Funchal - 26/07/2011 - Brasil
Resenha:
Após longa espera por partes dos fãs tupiniquins, a banda americana Limp Bizkit chega ao Brasil para provar que o fenômeno Nu/rap metal ainda encontra boa aceitação pelo público brasileiro.
O quinteto americano liderado pelo carismático vocalista Fred Durst, fez um show muito competente calando a boca dos críticos que pensavam que a banda havia acabado faz tempo.
Pontualmente às 22h00, o guitarrista Wes Borland, com seu figurino exótico, inicia o que seria uma apresentação muito dinâmica e empolgante.
"Hot Dog", do álbum de 2000 “Chocolate Starfish and The Hot Dog Flavored Water”, é a primeira música a ser apresentada e o público responde prontamente mostrando que ostracismo não pode ser empregado no dicionários desses caras da Flórida.
Já na segunda música, "Show me what you Got", o vocalista inicia a tônica do show, o respeito total e a liberdade dos fãs.
Pedindo que a platéia, inicialmente dividida em pista premium, se junte e cubra o buraco pendente. "Camon, Man, bring this shit together, I dont make the rules, but I can help you change", vociferou Durst, enquanto a platéia se mistura e cria a sensação de que não há separação entre os mais abonados e os 'normais'.
A banda é muito pesada ao vivo. O baixo de Sam Rivers e a batera de John Otto parecem uma britadeira de tão grave e seco o som que emerge da caixa, do bumbo e do baixo 'groovento' de Rivers.
Já no quarto torpedo, a banda começa a tocar os clássicos, inicialmente com "My Generation", depois "Break Stuff" e "My Way", música que tem um ‘riff’ fantástico de guitarra e letra 'romântica' de Durst. A típica história de relacionamentos complicados em que se um dos dois não cede, o outro pega a estrada. "Im gonna do things my way, my way or the highway", impõe Durst.
A energia da banda é impressionante, os caras passam de uma hora de show como se ainda estivessem aquecendo, nenhum sinal de cansaço. Os acordes de "Nookie" começam e o público vai abaixo. Na hora do refrão, as quase quatro mil pessoas na Via Funchal cantam em uníssono "I did it all for the Nookie, come on, the nookie, and you can take your cookie..." Incrível o carisma de Durst. A banda então deixa o palco antes de retornar ao 'bis'.
"Sanitarium" é a primeira, depois o vocalista para o show e oferece cerveja ao público. "Anyone want a beer? It’s free beer for everyone in the house", grita o vocalista que começa a jogar latas e mais latas de cerveja ao palco. Esse repórter, que frequenta shows de rock há mais de 14 anos, não lembra de atitude parecida, e o público está ensandecido.
Antes de "Faith", cover inusitada de George Michael, Durst convoca as garotas com peitos bonitos e grandes que subam ao palco. "Its time for the ladies with big boobs to come up on stage", afirma o vocalista e o palco fica cheio de recém-adultas peitudas e malucas cantando e cortejando o músico.
O show se aproxima ao final com pouco menos de duas horas de apresentação e o vocalista faz uma enquete ao público perguntando qual canção que a banda deveria tocar e "Pollution" é 'eleita'.
A impressão após ao show é que Fred Durst e Cia. Ltda. deveriam ter vindo ao Brasil muito, mas muito antes. Das melhores bandas da linha hip hop nu/metal, os caras da Flórida deveriam se levar mais a sério e deixar o egocentrismo de lado, pois ao vivo são muito competentes e páreos pra qualquer banda da atualidade. Aliás muito melhores.